Primeiro Happy Hour do Empresário de 2025 da CDL Lajeado aborda NRF e as tendências do varejo mundial

No primeiro Happy Hour do Empresário de 2025, a CDL Lajeado abordou a NRF e as tendências do varejo apresentadas na maior feira global do setor, que aconteceu em janeiro em Nova York. O evento realizado nesta terça-feira (18) na sede da entidade teve como convidadas a diretora da Cometa Livraria e Papelaria e presidente da CDL Lajeado, Giselda Hahn, e a diretora da Casa Hermosa Móveis e Decoração, Karine Luiza Griebeler, as quais integraram a comitiva do Sebrae RS presente na feira. Elas compartilharam vivências, observações e aprendizados adquiridos com grandes palestrantes e durante as visitas técnicas a lojas que são referência na cidade americana, destacando temas como lojas físicas X digitais, inteligência artificial, treinamento, layout dos pontos de vendas, customização de produtos, atendimento, experiência de compra e jornada do consumidor.

Giselda iniciou sua fala descrevendo o mercado americano, que trabalha com uma moeda forte, pensa constantemente em formas de estimular a compra e valoriza o contato mais próximo com o cliente. “Quando a gente fala das coisas que fazem por lá, temos que entender que eles estão num contexto de um poder econômico bastante diferenciado do nosso. Eles são focados no consumo. Esse é o grande objetivo deles, mas a forma com que fazem isso não é simplesmente a “venda pela venda”. Eles têm uma preocupação muito grande em conhecer o cliente”, explicou. Segunda ela, a inteligência artificial tem sido uma ferramenta para aperfeiçoar ainda mais essa relação, pois auxilia na coleta de dados e até mesmo na personalização de produtos de acordo com hábitos e preferências, prática que, para ela, pode ser adaptada para a realidade local e aplicada nos negócios da região.

Já Karine lembrou que nas edições anteriores da NRF muito se falou sobre o fim das lojas físicas, mas que neste ano se verificou o quanto elas permanecem vivas, apenas se adaptando ao novo perfil dos clientes. De acordo com ela, um dos palestrantes orientou que, na impossibilidade de competir com a internet, não vale a pena tentar essa competição, indicando como solução a busca pelo “diferente”. A partir disso, ela relatou que um dos temas muito debatidos no evento foi o slow retail (varejo lento), que não quer dizer que o varejo precisa ser devagar, mas que deve seguir a tendência da desaceleração, fazendo as coisas com mais calma e proporcionando uma experiência que ultrapassa a simples troca de dinheiro por produtos e que geralmente é oferecida a partir de parcerias com outros fornecedores. Karine apontou: “Nosso varejo aqui é pequeno e a maioria dos clientes são locais, mas a gente tem que pensar nisso tudo e adaptar pra nossa realidade”.

A presidente da CDL Lajeado ainda citou o grande destaque dado à inteligência artificial (IA), tanto na NRF quanto nas lojas visitadas, especialmente pela infinidade de recursos que ela dispõe, como a otimização de processos, a coleta de dados, e até mesmo o entendimento do comportamento do consumidor. Ela contou que alguns palestrantes anteciparam: “Quem não tiver inteligência artificial, vai morrer”. Na avaliação de Giselda, a IA é a pauta com maior potencial de ser explorada localmente, principalmente na captação de clientes e na personalização das vendas. “Eu acho que a IA é um desafio que precisamos assumir. É um caminho sem volta. Não tem como não utilizar essa tecnologia a favor do seu negócio”, concluiu.