10MAR
2022

Tendências: Workshop evidencia que retomada do varejo depende de uma nova versão das lojas físicas

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lajeado sediou nesta quarta-feira (9) o Workshop Negócios em Pauta do Grupo A Hora, o qual debateu o tema “Tendências para o Varejo em 2022”. O bate-papo teve público presencial e foi transmitido ao vivo pela Rádio A Hora e redes sociais. Ao afirmar que a retomada do varejo depende de uma nova versão das lojas físicas, o coordenador de varejo do Sebrae RS, Fabiano Zortéa, evidenciou a necessidade de mudança dos negócios tradicionais. O convidado, junto com o presidente da entidade, Aquiles Mallmann; e o diretor da Zanc Assessoria, Alexandre Marchini, abordaram a temática durante uma hora, compartilhando ideias, inspirações e experiências.

Influenciado pela pandemia que transformou as relações de consumo, o setor busca entender as tendências para inovar de forma assertiva. Neste sentido, o varejo híbrido veio para ficar. “A loja física é impulsionada pela digital e essa interação faz com que os negócios da loja física aconteçam de forma bem integrada”, destacou Zortéa. Ao apresentar muitas referências da NRF 2022 – maior feira mundial do varejo – o especialista advertiu que as empresas com problema de fluxo na loja física, seguramente é porque estão deixando a desejar no digital. Ele observou o crescimento do Whatsapp como canal de vendas a partir da pandemia, citando que uma pesquisa do Facebook indicou o aplicativo como o preferido de 40% dos brasileiros para fechar uma compra e que, em Porto Alegre, superou as vendas pelo e-commerce durante o último Black Friday.

A tendência que pode ser decisiva para as lojas também exige atenção a quem está envolvido nos processos. “A tecnologia veio para ficar, mas o varejo é feito de gente para gente e tem que ter pessoas preparadas e que saibam se relacionar”, alertou. Zortéa inclusive observou os prejuízos associados a isso. “Tem pessoas perdendo vendas no digital por não estar fazendo bem o whats. Tempo de resposta, mensagem humanizada e não robotizada… elas querem ser chamadas pelo nome, receber ofertas que façam sentido”.

Para o presidente da CDL Lajeado, são questões que merecem um novo olhar das empresas. “O cliente tem todas as informações na palma da mão. E nós temos que correr atrás desse prejuízo, em especial as micro e pequenas empresas”, comentou Mallmann. O cenário é visto também como de oportunidades, porque há espaço para diferenciação. “A compra virtual é fria e muitos preferem esse algo mais, a conversa, a explicação sobre determinado produto. Temos isso muito forte aqui, as pessoas pesquisam na internet e compram na loja física”.

À frente de uma empresa de assessoria de cobrança, Marchini contribuiu com situações vivenciadas e percepções. “Alguns dizem que ‘ vão fechar muitas lojas’, mas não acredito nisso, ela vão se aperfeiçoar e fazer com que o físico se torne uma gangorra para o digital e vice-versa”.

Todas essas informações serão amplamente debatidas na 20ª Convenção CDL Lajeado, e Fabiano Zortéa será um dos palestrantes. A programação ocorre no dia 23 de junho.

Mais notícias

1 2